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MINISTÉRIO DA SAÚDE E SESAP REFORÇAM AÇÕES DE PREVENÇÃO À RAIVA EM ANIMAIS SILVESTRES

O Rio Grande do Norte foi escolhido pelo Ministério da Saúde como o primeiro estado do Brasil para participar de uma pesquisa nacional que investigará os casos de raiva em animais silvestres, especialmente as raposas. A coordenadora nacional do Programa de Controle da Raiva, Silene Rocha, está no estado para conduzir a pesquisa.

Hoje (20) uma equipe da Sesap e Ministério da Saúde visita o município de Extremoz e na quarta-feira (21) seguem para Caicó. O objetivo é investigar os casos de raiva em canídeos silvestres (entre eles raposas, cachorro-do-mato, coiote e etc), orientando a população como proceder com animais suspeitos de terem a doença e aplicar um questionário que servirá como modelo para uma ficha de investigação, que será usada em todo o país.

A raiva é uma zoonose (doença que passa dos animais ao homem e vice-versa) transmitida por um vírus mortal tanto para o homem como para o animal. Envolve o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução. A transmissão ocorre quando os vírus da raiva existentes na saliva do animal infectado penetram no organismo através da pele ou de mucosas, por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura. A raiva apresenta três ciclos de transmissão:

– urbano: representado principalmente por cães e gatos;
– rural: representado por animais de produção, como: bovinos, eqüinos, suínos, caprinos;
– silvestre: representado por raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos.

Sintomas:

Em todos os animais costumam ocorrer os seguintes sintomas:

– dificuldade para engolir;
– salivação abundante;
– mudança de comportamento;
– mudança de hábitos alimentares;
– paralisia das patas traseiras.

Prevenção – é dever do cidadão:
– procurar sempre o Serviço de Saúde, no caso de agressão por animais;
– levar o animal para ser vacinado contra a raiva, anualmente;
– manter seu animal em observação quando ele agredir uma pessoa;
– não deixar o animal solto na rua e usar coleira/guia no cão ao sair.

Colaborar com os Serviços de Saúde nas medidas de controle de raiva:
– notificar a existência de animais errantes nas vizinhanças de seu domicílio;
– informar o comportamento anormal de animais, sejam eles agressores ou não;
– informar a existência de morcegos de qualquer espécie;
– providenciar a entrega de animais para coleta de material para exames de laboratório, nos casos de morte dos animais com suspeita de raiva ou por causa desconhecida.

Evite:
– tocar em animais estranhos, feridos e doentes;
– perturbar animais quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo;
– separar animais que estejam brigando;
– entrar em grutas ou furnas e tocar em qualquer tipo de morcego (vivo ou morto);
– criar animais silvestres ou tirá-los de seu “habitat” natural.

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