Doença rara, hereditária e caracterizada pelo aumento da pressão intraocular, o glaucoma congênito acomete crianças portadoras de má formação ocular. Entre os principais sintomas, destacam-se o lacrimejamento; intolerância à claridade; olhos grandes, desproporcionais ao rosto do bebê; e colocação azul violácea nas córneas.
Em um recém nascido com lacrimejamento constante deve-se diferenciar o glaucoma congênito da obstrução da via lacrimal, que é bem mais frequente e tem um prognóstico muito bom. De acordo com a dra. Rosa Maria Graziano, presidente do Departamento de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo, “no glaucoma congênito existe uma anomalia da clivagem da câmara anterior do olho, e a obstrução de via lacrimal é consequência da não abertura de uma membrana na extremidade distal do ducto nasolacrimal”.
O glaucoma quando não diagnosticado precocemente, pode levar à cegueira permanente – por isso a importância do teste do olhinho no recém-nascido ser realizado no primeiro trimestre de vida.
O teste do olhinho deve ser realizado pelo pediatra, mas existem condições em que o recém-nascido deve ser avaliado por oftalmologista ainda no berçário. Os pais devem observar não só os olhos dos filhos, mas comportamentos que possam denotar algum problema com a visão. O diagnóstico precoce é essencial para melhor prognóstico, elevando as chances de terapêutica bem sucedida e, assim, evitando o prejuízo visual e até mesmo a cegueira permanente do paciente.
