Faleceu na noite desta segunda-feira (23) o artista plástico potiguar Dorian Gray Caldas, aos 86 anos. Ele estava internado no Natal Hospital Center havia 12 dias devido a uma pneumonia e para tratamento com hemodiálise. A causa da morte foi um infarto agudo do miocárdio.
Nascido em Natal, em 16 de fevereiro de 1930, Dorian Gray iniciou nas artes em 1950, no 1º Salão de Arte Moderna de Natal, ao lado de Newton Navarro e Ivon Rodrigues. No decorrer de mais de 60 anos, consolidou sua carreira, tornando-se o maior expoente da arte no Rio Grande do Norte.
Ao longo de sua trajetória, produziu mais de cem mil obras, entre pinturas a óleo, gravuras, bicos-de-pena, desenhos, painéis, tapeçaria e escultura. Seu talento artístico foi reconhecido internacionalmente e colecionou prêmios importantes, dentre eles a Medalha de Ouro no Grand Prix da Bélgica (1997), além dos diplomas nos 20º, 21º e 23º Salões Internacionais de Revin, na França (1992,1993 e 1995). Algumas de suas tapeçarias podem ser encontradas em lugares como o Banco de Brasil, em Zurique, na Suíça e no Departamento de Segurança da Casa Branca, em Washington, nos Estados Unidos.
Também era escritor e integrava a Academia Norte-Riograndense de Letras. Escreveu seu primeiro livro em 1961, intitulado “Instrumento de Sonho”. Em julho de 2016, lançou sua antologia em dois volumes.
Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento.
