A ex-governadora do Rio Grande do Norte Wilma de Faria faleceu às 23h40 desta quinta-feira (15), em Natal. Wilma de Faria tinha 72 anos e cumpria mandato de vereadora da capital potiguar na atual legislatura, mas estava afastada das funções desde o dia 18 de abril para tratamento de um câncer. Wilma vinha convivendo com câncer no sistema digestivo há mais de dois anos, quando passou por tratamentos quimioterápicos e algumas cirurgias em São Paulo e Natal. Estava desde o dia 3 de junho na Casa de Saúde São Lucas, onde permaneceu até agora quando veio a óbito por falência múltipla de órgãos. Wilma deixa o marido, José Maurício Souza; os filhos Márcia, Lauro, Ana Cristina e Cíntia Maia – do primeiro casamento com o ex-deputado Lavoisier Maia; além de três netas.
O corpo de Wilma de Faria já está sendo velado desde as 8h da manhã desta sexta-feira (16), na Catedral Metropolitana, em Natal. Logo mais às 17h30, será realizada missa de corpo presente e às 19h o cortejo segue para o cemitério e crematório Morada da Paz, em Emaús, onde será sepultado às 20h. O Grupo Vila disponibilizou em seu site – www.grupovila.com.br/obituario – as informações sobre o funeral, além de um mural para envio de mensagens virtuais e a opção de envio de coroas de flores para a família com o serviço de Floricultura Online.
Trajetória
Nascida em Mossoró a 17 de fevereiro de 1945, Wilma iniciou sua vida pública em 1979 ao se tornar primeira-dama do Rio Grande do Norte, sendo nomeada para a presidência do MEIOS – Movimento de Integração e Orientação Social – pelo Governador do Estado, à época, seu marido, Lavoisier Maia. Enquanto esteve casada, atendia pelo nome de Wilma Maia. Em 1983, Wilma de Faria assume a Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social durante o primeiro governo de José Agripino Maia, cargo do qual se desvencilhou em 1985 quando, filiada ao PDS, disputa a sua primeira eleição e perde a prefeitura de Natal para o então deputado estadual Garibaldi Alves Filho. Em 1986 é eleita deputada federal a atua na Assembleia Constituinte.
Em 1988, Wilma já estava filiada ao PDT e vence a eleição para a prefeitura de Natal cumprindo um mandato de quatro anos. Em 1994, disputa a eleição para governador e fica em quarto lugar. Em 1996, volta a disputar a Prefeitura de Natal com o apoio de José Agripino Maia e vence novamente. Em abril de 2002, renuncia à prefeitura para disputar o governo do estado, sendo eleita com 820.541 votos, correspondentes a 61,05% dos votos válidos.
Em 2006, candidata-se à reeleição para governadora, junto com o parceiro de chapa, Iberê Ferreira de Sousa. Numa disputa histórica com Garibaldi Alves, venceu no segundo turno com 824.101 votos, correspondentes 52,38% dos votos válidos. Ao fim de março de 2010, Wilma de Faria decidiu renunciar ao governo do Rio Grande do Norte e deixá-lo a cargo de seu vice, Iberê Ferreira, para que pudesse se candidatar a senadora.Foi a 3ª colocada nas eleições em 2010 para senadora com 651.358 votos (21,89% dos válidos), tendo sido derrotada pelo peemedebista Garibaldi Alves Filho.
Em junho de 2012, foi confirmado que Wilma sairia como candidata a vice-prefeita na chapa de Carlos Eduardo Alves, do PDT. Em 28 de outubro, Wilma foi eleita vice-prefeita da cidade. Em 2014 tentou uma vaga para o senado. Não sendo eleita, ficou em segundo lugar com 636.896 (43.23%) dos votos, perdendo para a então deputada federal do PT, Fátima Bezerra. Em 2016, a ex-governadora deixou o PSB após perder a presidência estadual para o deputado federal Rafael Motta, decidindo então se filiar ao PTdoB, legenda que era presidida pelo deputado estadual Carlos Augusto Maia, recém-filiado ao PSD. Assim, o comando da legenda passou a ser dela. Candidatou-se a vereadora em Natal e foi eleita com 4 421 votos na chapa PTdoB/PSDB que era encabeçada pela candidata a prefeita, sua filha Márcia Maia.