By Camille Correia

CIRCUITO DE SURF ALTERNATIVO EM PONTA NEGRA

O Circuito de Surf Alternativo vai agitar a Praia de Ponta Negra neste final de semana!



Aqui em Natal, se encontra todas a gerações do esporte entre 17 e 19 de novembro, entre eles os melhores surfistas do RN e região Nordeste que competem entre si num show que vem se repetindo a alguns anos mais frequentemente.

Com vista para o talvez mais conhecido cartão postal da cidade do Natal, a Praia de Ponta Negra é palco do evento pelo seu cenário paradisíaco e boas ondas e o evento se destaca pelas ótimas premiações no campeonato de surf mais tradicional do RN.

Na organização, Allan DuBeux, surfista, músico e jornalista, alimenta as redes sociais , dos eventos de surf da cidade através do Instagram e Facebook.

Acompanhando de perto a evolução do surf, o Rio grande do Norte se destaca como celeiro de grandes campeões que elevaram o nome do surf estadual e nacional, a mais alta elite do surf mundial , entre lendas e nova geração que fizeram e fazem e porquê não dizer, farão história no surf, entre eles:

Aldemir Calunga, Ronaldo Barreto , Danilo Costa,Marcelo Nunes – Ex WCT, Joca Júnior, Felipe Dantas, Sergio Testinha, Jadson André, Fabrício Rocha, Ítalo Ferreira, Junior Rocha, Lyssandro Leandro, Danilo Costa – Ex WCT,  Deyvson Santos que foi destaque do QS esse ano em Maresias,  e apostas na nova geração do surf com Matheus Sena e Vitor Costa. Não são todos, o circuito tá ampliando e todo dia surgem nomes, e através desses campeonatos muitos talentos ganham visibilidade.


Últimos dias de inscrições antecipadas

Lojas Ecológica do Centro, Praia Shopping e Pipa. E Açaí do Grilo, no Tirol.

As Vagas limitadas.

Surf Alternativo:
Patrocínio: Ecológica, Açaí do Grilo e Carro Gelando.
Apoio: Açaí do Joca Jr, Top Net, blocos Teccel, Astral Sucos, Fu.Wax, J F estética e beleza , Shaper Felipe Souto e Deputado Rafael Mota.
Informações: (84)98807-2100

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Achei bem interesante ilustrar um pouco a matéria e falar sobre a história do surf no RN, muitos que lerão essa matéria com certeza conhecem alguma coisa, ou tudo, mas não eu, e eu sou curiosa, e escrevo pra pessoas curiosas, não escrevo o óbvio. Tanto que o tio google não me ajudou muito na busca de alguns dados e recorri a amigos para citar o nome de alguns nomes que se destacam nessa história. Texto aberto para edição caso alguém queira acrescentar algo.

Pra chegar no surf potiguar teria que entender para poder explicar como o surf chegou no Brasil. Então li, li e li, tentei trasncrever com minhas palavras o que entendi.

Pequeno resumo da história do surf no Brasil e no Rio Grande do norte

Thomas e Margot Rittscher em Santos, anos 30.(Fonte > clique aqui)

O surf é um dos mais antigos esportes praticados no planeta, o Surf é também um dos poucos esportes que criou a sua própria cultura e estilo de vida.

A origem do surf é incerta. Para alguns historiadores, a prática nasceu há cerca de quatro mil anos entre moradores da atual costa do Peru, mas para muitos cientistas a origem do surf está na Polinésia Ocidental, há mais de três mil anos.

Sem registro exato de quando o surf tornou-se um esporte,os primeiros registros históricos da civilização europeia sobre o surf remontam ao século XVIII, quando os europeus e os polinésios fizeram o primeiro contato.

O fato conhecido mais aceito e não lendário, é que Thomas Ernest Rittscher Júnior, de 16 anos, nascido em Nova York, se mudou com a família para Santos em 1930 tendo pego a primeira onda em uma “tábua havaiana” que pesava entre 50 e 60 kg e tinha quase quatro metros de comprimento,  na Praia do Gonzaga.

Popularizado no Arpoador, Rio de Janeiro em 1940.

Em julho de 1949, foi fundada a primeira entidade de surf brasileira – a Associação de Surf do Rio de Janeiro, e responsável pela organização do primeiro campeonato em outubro daquele ano. em 1988, o surf reconhecido como esporte pelo Conselho Nacional de Desportos.

Em Natal, em 1974, um surfista pegou onda de longboard, popularizado em 1960 pelos surfistas californianos.

Evolução

Em março de 74, dois surfistas natalenses participaram do II Campeonato Pernambucano de Surf, na Praia de Porto de Galinhas Eles eram Fabiano e Lamartine competiram nas categorias Júnior e Sênior em evento patrocinado pela Rede Globo, obtendo os  e os dois, os sextos lugares em suas respectivas categorias, contra 60 surfistas de Pernambuco e de todo país.

Em Natal, em 1974, um surfista pegou onda de longboard, popularizado em 1960 pelos surfistas californianos. Segundo li em fontes, que existe um mistério envolvendo esse tema. Os locais já surfavam em algum tipo de material flutuante antes de aparecer esse cara?

Em reportagens pioneiras sobre o surf Potiguar, escritas por Ricardo rosado, com fotos de Joab fabrício, para o estão popular jornal impresso O Poti, em 75, a população de mais de 30 surfistas entubavam ondas nas Praias dos Artistas, Areia Preta, Ponta Negra e na idílica Baía Formosa, entre eles os que se destacavam eram Luruca, Ronaldo, Barata, Fabiano, Albino, Sérgio, Hugo, Chico Adolfo, Seu Braz, todos de familias tradicionais na região, já que todo o equipamento desde as pranchas , a parafina, rack para comportar as pranchas nos veículos, as roupas de neoprene, só era encontrado no Rio de Janeiro.  

Rico de Souza na década de 1970. Surfista carioca e referência na confecção de pranchas

Só para fazer um paralelo ao quanto caro custava esse esporte, entendamos que o preço médio de uma prancha de surf era o salário mensal de um dentista, ou o financiamento de um Fusca, ou o valor do aluguel mensal de uma luxuosa casa de quatro quartos no bairro de Petrópolis, até hoje, bairro supervalorizado na cidade.

Porém, estes primeiros surfistas já foram os responsáveis por divulgar o principal aspecto da filosofia que impulsiona até hoje o surf pelo mundo afora – A integração com a natureza, se unindo para fundar um clube e a construção de um pier na Ponta do morcego e holofotes para surf noturno na Praia dos Artistas, e a curto prazo,  realização de um campeonato de surf em Natal.

Sobre o primeiro Campeonato de Surf Potiguar

O primeiro campe potiguar, foi realizado na Praia dos Artistas nos dias 16 e 17 de agosto de 1975, sábado e domingo. Com inscrições no valor de 50 cruzeiros,  foi de organização privada, entre eles, Carlos Magno Campelo, Ronaldo Barreto e José Carlos, e patrocinado pela, EMPROTURN, orgão de turismo do estado do RN.
A mídia foi dada por um dos maiores nomes do jornaistas potiguares, Paulo Macêdo, que abriu sua coluna e divulgou intensamente todos os passos da competição.

Mais de 50 participantes, entre RN, Paraíba, Ceará, Pernambuco e até mesmo do Rio de Janeiro.

Cada uma de suas baterias classificatórias formada por cinco ou seis surfistas, com cerca de 30 minutos de duração e teriam início pela manhã e o encerramento previsto para as cinco da tarde. Os juízes eram de Pernambuco, do Ceará e um do Rio Grande do Norte. Oito baterias, com seis concorrentes cada uma. Dois concorrentes de cada bateria foram classificados no sábado, resultando dezesseis participantes para as baterias finais no domingo

Após duas baterias com cinco surfistas e uma com seis,  consagrou-se Ronaldo Barreto, de Natal e com apenas 17 anos de idade campeão, em segundo Alfredo (Fortaleza, Ceará), em terceiro Luruca (Natal), em quarto Capibaribe (Fortaleza), em quinto Amim (de Recife, Pernambuco) e em sexto Marquinho (do Rio de Janeiro, mas que morava em Natal).

Ronaldo Barreto foi o campeão do I Campeonato de Surf do Rio Grande do Norte, aqui recebendo sua premiação de Valério Mesquita, o então presidente da EMPROTURN

Há mais de 42 anos foi realizado no RN o I Campeonato de Surfdo RN, e na Praia de Ponta Negra, em outubro daquele mesmo ano, o I Campeonato de Surf do Colégio Marista e tem colocado representantes na elite do surf desde 1995, começando por Aldemir Calunga, em seguida Danilo Costa, Marcelo Nunes e Joca Júnior, que mantiveram a presença potiguar na elite.

Esse ano de 2017, 9 surfistas que representam o Brasil no Circuito Mundial de Surf, sendo dois deles potiguares – Jadson André, de Natal, e Itálo Ferreira, de Baía Formosa.

Onde tudo começou em 1974 e 1975.

Público presente na Praia dos Artistas para prestigiar o I Campeonato de Surf do Rio Grande do Norte de 1975

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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