Anualmente, cerca de 9,6 milhões de pessoas em todo o mundo perdem a vida em decorrência do câncer. Até 2030, esta deve ser a principal causa de morte, de acordo com a projeção da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC). Para tentar diminuir esse número, no Dia Mundial do Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, instituições ao redor do mundo chamam atenção para ações efetivas para ampliar o acesso ao diagnóstico precoce.
Organizada pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC), a campanha trianual que marca a data tem como mote “Eu Sou e Eu Vou”, colocando cada indivíduo, instituição, empresa, governo ou comunidade como potencial vetor de transformação e redução do impacto do câncer.
A Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte – Coopmed-RN, por exemplo, encara com bastante seriedade a nova campanha e chama atenção em especial para o Câncer de Mama, uma vez que no dia 5 de fevereiro, comemora-se o Dia da Mamografia.
Para o mastologista e cooperado, Jader Gonçalves, ações em datas como o Dia Mundial do Câncer são fundamentais para que projetos com potencial de transformação recebam maior atenção da população e do governo. “À medida que o acesso a informação, ao diagnóstico e ao tratamento melhora, a chance de sobrevida também cresce,”, afirma.
No Brasil, atualmente tramita um projeto de lei que pode contribuir com o aumento de diagnósticos em estágios mais iniciais da doença, o PLC 143/2018, ou PLC dos 30 Dias, aprovado pela Câmara em dezembro de 2018 e enviado ao Senado. O projeto determina que, em casos nos quais há a hipótese de um diagnóstico de câncer, os exames necessários à elucidação da doença, bem como sua confirmação em biópsia, devem ser realizados em um prazo máximo de 30 dias no Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje não há um prazo definido para a confirmação do câncer.