
Em época de distanciamento social, a comunicação fica, pura e exclusivamente, a cargo da tecnologia. Nesse cenário, o app americano Zoom de videoconferência ganhou popularidade entre usuários corporativos e destaque na bolsa de valores, isso até as revelações de Patrick Jackson virem à tona por meio do jornal americano Washington Post na semana passada.
Milhares de gravações de vídeo na nuvem da empresa vazaram pela falta de cuidado na hora de nomear os arquivos. Pesquisáveis, as mídias foram armazenadas de forma desprotegida em um dos servidores da Amazon Web Services. Apesar do recente pedido de desculpas do CEO Eric Yuan, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, suspendeu o uso do aplicativo nos sistemas de autarquias do Brasil. O Google, ciente das ameaças, também seguiu pelo mesmo caminho, e proibiu que seus funcionários baixem ou mantenham a plataforma em seus dispositivos, segundo uma publicação da Reuters desta quarta (8).
Além do episódio, a TrendMicro, empresa de cibersegurança, afirmou que alguns downloads do aplicativo instalavam um minerador de criptomoedas na máquina das vítimas. A BleepingComputer também encontrou outros tipos de instaladores em versões contaminadas com cavalos de Troia, como o conhecido Bladabindi. Elas abriam brechas para invasores infectarem as máquinas das vítimas, dando a eles o poder de roubarem dados, acessarem a webcam para tirarem screenshots, executarem comandos para baixar e instalar outros softwares maliciosos.
De acordo com a Bloomberg, o Google não foi o único a proibir o uso do Zoom: SpaceX e Tesla, companhias de Elon Musk, o Departamento de Educação da cidade de Nova Iorque e Taiwan também bloquearam a instalação da plataforma temendo que seus funcionários e cidadãos tivessem suas reuniões espionadas.
Fonte: Olhar Digital


