O duo formado pelo cantor Paulo Café (Natal), estudante de Produção Cultural do IFRN e pela artista Cabocla de Jurema (Mossoró), estudante de Ecologia da Ufersa, chega à capital argentina no próximo dia 27, onde comporá parte da programação do I Festival Universitário de Artes do Mercosul (FUA), representando o Brasil no segmento da música.
A 13ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) foi responsável por estrear o encontro dos dois artistas, onde dividiram o palco após seleção para a mostra musical universitária do evento, em fevereiro do corrente ano. Em maio, o reencontro acontece no dia 27, no quarto dia de um festival que reúne artistas universitários de diversos países da América do Sul. A apresentação acontece a partir das 17h no Auditório da Rádio Nacional, localizada no coração de Buenos Aires, e é destaque dentre as mais de 20 atrações musicais da programação, que inclui também as linguagens do audiovisual, artes cênicas e artes visuais.
De acordo com os organizadores do evento e representantes das políticas de cultura no país, o Festival Universitário de Artes do Mercosul é uma mostra da produção artística de universidades que compõem o bloco econômico, bem como uma oportunidade de circulação e projeção da produção dos últimos 20 anos. Além disso, trata-se de uma proposta de integração artística com as universidades como potências do pensamento crítico e ferramentas para a exposição e reflexão sobre os problemas da sociedade. O festival é iniciativa do Ministério da Cultura da Argentina e acontece entre 24 e 28 de maio em diversos equipamentos culturais da cidade de Buenos Aires. A programação completa pode ser acessada aqui.
Eva Rocha é estudante do curso de Ecologia da UFERSA. Conhecida como Cabocla de Jurema, a artista apresenta em suas músicas a fusão de gêneros musicais da cultura afro, como o soul, reggae e o rap. Cabocla de jurema fala sobre o racismo estrutural e o machismo que se refletem na discriminação social, racial, no sexismo e na violência contra a mulher. O seu primeiro EP lançado no ano de 2022, AJÉ, traz referências da música de terreiro, a ancestralidade e a resistência dos povos tradicionais e ancestrais do sertão nordestino. AJÉ é a feitiçaria, é a cura através do canto.
Paulo Café é estudante de Produção Cultural do IFRN, compositor, cantor e produtor cultural , nascido em Recife-PE e radicado em Garanhuns-PE. Em seus 10 anos de carreira, Café idealizou e participou de vários projetos culturais, sendo eles na música, enquanto artista, e na produção de eventos, como realizador cultural. Apresentações no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), mostras de música autoral, Festival Fazenda Macuca, Bienal da UNE, marcam a trajetória do artista. Em fevereiro de 2021 lançou seu primeiro EP, o Jardins. Albúm das brasilidades, do ijexá ao brega que afirma o marco de sua carreira solo e identidade musical.