
Alguns potiguares já foram indicados ao prêmio Jabuti ao longo dos anos e a escritora Eva Potiguara já venceu a categoria Fomento à Leitura com o projeto ‘Guerreiras da Ancestralidade do Mulherio das Letras Indígenas’. Este ano, algo inédito aconteceu, dois potiguares figuram na mesma categoria – Produção Editorial/Capa. São eles, Jean Sartief (Desrazão) e Rafael Campos (Dona Militana).
Segundo dados da Câmara Brasileira do Livro (CBL), nesta 67ª edição do Prêmio Jabuti 2025, 4.530 obras foram inscritas. Obrigatoriamente, as obras tem que ter sido publicadas como primeira edição entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024, com ficha catalográfica e ISBN emitidos no Brasil no mesmo período. Cada ano, concorrem as obras publicadas no ano anterior seguindo os critérios definidos pela CBL.
Este ano o Prêmio Jabuti contou com 66 jurados e na categoria a qual os artistas potiguares concorrem, o júri foi composto por Cecília Scharlach, Cláudia Matarazzo e Sonia Gomes.
Desrazão (Giro selo artístico/2024) – Jean Sartief é jornalista com mestrado em antropologia, poeta, artista visual com atuação em linguagens múltiplas que vão da performance passando pela pintura e cerâmica, mas que nos últimos anos tem se destacado na literatura e na fotografia. A capa de Desrazão parte de uma fotografia que traduz com força e sensibilidade o tema e título do livro. A fotografia é também uma homenagem ao poeta e artista catalão Joan Brossa. Sartief tem oito livros de poesia publicados e Desrazão é seu sétimo livro.
Dona Militana (EDUFRN/2024) – Rafael Campos é um dos grandes nomes do design gráfico do RN. Assinou a capa e projeto gráfico do livro, bem como o projeto expográfico da exposição homônima que teve lugar na Pinacoteca do RN, de autoria de Ângela Almeida. Campos é responsável por inúmeros projetos gráficos, identidades visuais e exposições. Campos também já esteve indicado com o livro A notável história do homem-listrado.
