A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Norte emitiu orientações para identificação de bebidas alcoólicas potencialmente adulteradas com metanol, seguindo casos de intoxicação registrados em outros estados. Thiago Haddad, presidente da entidade estadual, reforçou que não há motivos para pânico no território potiguar, uma vez que ainda não existem casos confirmados localmente, mas recomendou atenção redobrada aos detalhes das embalagens.
De acordo com a Abrasel as bebidas mais frequentemente falsificadas no mercado são whisky, gim e vodca. Haddad destacou, em entrevista para o Agora RN, que a entidade está realizando treinamentos nacionais para estabelecimentos comerciais, com foco na identificação de produtos adulterados. Entre os sinais de alerta estão irregularidades nas embalagens, como erros de impressão nas caixas, rótulos com grafia incorreta ou danificada, e lacres com pontos de solda desalinhados.
O presidente da associação explicou que características organolépticas também ajudam na identificação: o metanol possui odor intenso e distinto das bebidas alcoólicas convencionais, além de sabor consideravelmente desagradável. A Abrasel recomenda que consumidores priorizem estabelecimentos associados à entidade, que mantêm relacionamento direto com distribuidores autorizados e fabricantes, reduzindo riscos na cadeia de suprimentos.
Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde registra 43 notificações de possível intoxicação por metanol, com 39 casos em São Paulo e quatro em Pernambuco. A pasta instalou uma Sala de Situação em caráter extraordinário para coordenar ações de investigação e resposta ao problema, diante da suspeita de envolvimento de organização criminosa na adulteração de bebidas.
