
Introspecção, desânimo, tristeza, apatia, agressividade. Estes podem ser alguns indicadores de que uma criança não está bem, e é sempre importante investigar. Tudo isso pode indicar, por exemplo, que ela sofreu algum tipo de violência – física, sexual ou psicológica. Para combater a violência sofrida pelas crianças a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte lançou, em maio deste ano, a campanha institucional de combate ao abuso infantil cujo slogan é “Para algumas crianças, monstros existem”. A temática merece destaque na sociedade pela gravidade e números crescentes.
Em Natal, a Delegacia da Criança e do Adolescente investiga o caso de um professor suspeito de abusar sexualmente de uma aluna nas dependências de um colégio particular. De acordo com informações veiculadas nos meios de comunicação, a vítima tem 9 anos de idade, já foi ouvida pela polícia e submetida ao exame psicológico no Instituto Técnico e Científico de Perícia (Itep). A queda no rendimento escolar chamou atenção da mãe da criança que, com medo, manteve o silêncio por aproximadamente quatro meses.
A campanha Todos Contra o Abuso Infantil, lançada em maio deste ano, pela Assembleia compreende que essa realidade só será combatida a partir do diálogo. Por isso a necessidade de incentivar o diálogo familiar, as denúncias e conscientizar cada vez mais pessoas, crianças e adultos. Uma ação em conjunto com os meios de comunicação tradicionais e as redes sociais foi traçada para amplificar a mensagem da campanha.
As narrativas trazem a reflexão de abusos sofridos por duas crianças, Bia e Artur, vítimas de pessoas conhecidas pela família ou por meio de abordagens na internet de maneira virtual. As histórias são abordadas também em gibis com cenas em que as crianças, de aproximadamente 5 e 6 anos, falam sobre o tema e resolvem contar aos pais. O objetivo é que o público infantil, de maneira lúdica, aprenda a identificar atitudes que caracterizam abusos e sinta-se à vontade para falar sobre a agressão vivida.
