O Centro Israelita do Rio Grande do Norte realiza na próxima quinta-feira (30), às 18h30, no plenário Érico Hackradt, da Câmara Municipal de Natal, uma sessão solene referente ao Dia Municipal em Memória às Vítimas da Inquisição.
A cerimônia visa a, além de lembrar as vítimas e a intolerância religiosa, também demonstrar a influência da Inquisição nos hábitos culturais e socais no Rio Grande do Norte.
A Inquisição ocorreu na Idade Média (durou até século XVI) e era dirigida pela Igreja Católica Romana, que já se desculpou de tais atos. Ela era composta por tribunais que julgavam todos aqueles considerados uma ameaça às doutrinas desta instituição. Todos os suspeitos de heresia ou de praticar outras religiões eram perseguidos, torturados e julgados, e aqueles que eram condenados, cumpriam as penas que podiam variar desde prisão temporária com confisco de bens até a morte na fogueira, onde os condenados eram queimados vivos em plena praça pública. Em razão da inquisição, todos àqueles que não eram católicos, em especial, os judeus, foram expulsos do Portugal e da Espanha, países onde a inquisição se fez mais forte.
No Brasil, os tribunais chegaram a ser instalados no período colonial. Foram julgados, principalmente no Nordeste, casos de heresias relacionadas ao comportamento dos brasileiros, além de perseguir os judeus que aqui moravam. Os casos mais conhecidos no Brasil foram o de Branca Dias e do Isaac de Castro.