O Grupo Vila, através do Cemitério Morada da Paz e em parceria com a Prefeitura de Natal, Angela Almeida, Cultura de Valor e o Programa de incentivo à cultura Djalma Maranhão, tem o prazer de convidar você para a exposição “Quando a pele incendeia a memória”, que resgata o trabalho do fotógrafo do sertão potiguar, José Ezelino. O lançamento acontecerá no dia 6 de setembro às 19h30, a exposição segue até o dia 28 de setembro no horário de funcionamento do Natal Shopping.
Os primeiros retratos de pessoas negras do Rio Grande do Norte fotografadas por José Ezelino da Costa no início do século 20 serão apresentadas ao público, pela primeira vez, na exposição “Quando a pele incendeia a memória – Nasce um fotógrafo no sertão do século 19”. Paralelamente ao lançamento do livro que dá nome à mostra da professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ângela Almeida. A iniciativa conta com patrocínio do Morada da Paz, por meio do programa de incentivo à cultura Djalma Maranhão da Prefeitura do Natal, com realização da Cultura de Valor, e será apresentada no horário de funcionamento do mall, das 10h às 22h.
A exposição, que tem curadoria de Ângela Almeida e expografia de Rafael Campos e Michelle Holanda, contará com 40 fotografias. Os retratos revelam a identidade social da cultura negra e o dia a dia da região do Seridó, cuja sociedade da época era predominantemente branca, comandada por uma elite de coronéis e fazendeiros. A pesquisadora contou com o apoio da sobrinha-neta do retratista, a arquiteta Ana Zélia Moreira, que apresentou o álbum de família, herança deixada por sua mãe.
José Ezelino nasceu em 1889, na cidade de Caicó. Filho de pais escravos, tornou-se fotógrafo quando a fotografia ainda era recente para um sertão distante dos centros urbanos do Brasil. Ele conseguiu a façanha de retratar a si e aos seus familiares usando a mesma linha estética das famílias de alta classe da região Sudeste brasileira e dos países europeus colonizadores. Figurino, direção, cenários e captação eram criações do próprio artista. Isso sem nunca ter tido acesso a nenhum tipo de referência, pois sua viagem mais longa foi à cidade do Recife (PE).