Nosso pai ADAMOR, como ele dizia “A de AMOR” e ele era puro amor. Hoje, estaria festejando 100 anos.
Meu pai era maranhense, mas amava Natal, que lhe acolheu no final dos anos 40; antes, morou no Recife onde se iniciou na profissão de Propagandista ou também conhecida como Representante de Drogas. Trabalhou com os maiores e mais disputados laboratórios, firmou-se no comércio farmacêutico e entre os médicos do estado. Corria esse Rio Grande do Norte de ponta a ponta.
Aqui, apaixonou-se pela bela e prendada EMÍLIA (Nenem, para os amigos), filha do português Seu Anibal e de Dona Maria. Um namoro proibido por ele ser “forasteiro”. Acabou numa fuga e casamento escondido. Logo, logo foi acolhido pela família Correia.
Era um homem correto, de caráter, extremamente bom e amoroso.
Tinha posses e transporte próprio, o que fez dividir as viagens com os amigos de trabalho da época como por exemplo João Patriota, um dos seus grandes amigos. Com seu compadre Wober Lopes, criou a 1ª grande Distribuidora de Medicamentos. Um acidente nas suas viagens limitou a sua vida…
Um homem católico, alegre, extremamente brincalhão, fazia paródias, tocava numa caixa de fósforo, participava nas rádios dos programas de humor da cidade, um pai amoroso de cinco filhos: Hilneth, Anibal, Fátima, Ana Lídia e Emilia Naura. Foi sempre cuidadoso e nos levava às diversões da cidade. Nunca levantou a mão a um filho, mas sempre o obedecíamos e respeitávamos.
Pena que a maioria dos seus netos não conviveram com ele e os bisnetos também. Ele se foi feito criança, acometido precocemente do Mal de Alzheimer. Faleceu há 28 anos… Morreu de saudade de sua companheira e musa inspiradora!
Hoje, nos resta o exemplo deixado e o orgulho de termos tido um pai presente em nossas vidas.
Nosso anjo protetor merece nossas preces no seu CENTENÁRIO.