Uma manhã de segunda-feira, que deveria ser de afazeres particulares, tornou-se uma manhã de tristeza. Meu Deus, recentemente “a baixa” tem sido grande…
A primeira notícia do meu zap foi a notificação da morte do amigo-irmão JORGE FERNANDO, e aqui estou eu tentando encontrar palavras diante do computador para registrar o meu pesar.
Na minha temporada por São Paulo e Rio, tenho pessoas muito especiais com quem convivi e dividi as alegrias e tristezas do dia a dia, das batalhas e dos muitos trabalhos. JORGINHO foi um desses!!!
Nossa amizade começou em São Paulo, nos anos 70, na epóca dos Dzi Croquetes, antes do grupo embarcar para temporada em Paris. Jorge morou comigo, no apartamento da Rua Maceió. Durante sua temporada na Europa, eu mudei para o Rio.
Jorge havia voltado e estava com os pés na Globo. Alugamos um apartamento e novamente fomos “dividir morada”, na Voluntários da Pátria, em Botafogo. Logo em seguida, veio a peça “Seu Sol, Dona Lua”, do querido Marcos Sá, e estávamos todos trabalhando nesse projeto. Foi sucesso!!!
E veio também o boom de Jorge Fernando com “Ciranda Cirandinha”, e ele tornou-se o mais querido e talentoso da nova geração da Globo, estreando em 1978. Daí pra frente, sempre sucesso e a mesma alegria. Jorge partiu para o voo solo e foi morar numa cobertura próximo de mim.
Eu continuei minha vida, meus trabalhos e, em 1980, voltei para Natal. Falamos algumas vezes e nos encontramos na sua última vinda a Natal no espetáculo “BooM”. Acompanhei seus problemas de saúde, seu retorno à Globo e a última novela, “VERÃO 90”.
Jorge era um menino talentoso e um filho estremado. Louco pela sua musa protetora, Dona Hilda, sua mãe.
Vai com Deus, amigo, junta o elenco que está no Céu e produza o mais belo dos espetáculos!!!
Cumpre-se a profecia do meio artístico com três mortes seguidas: Walter Franco, Mauricio Shermann e ele.
Jorge Fernando, em 2018, teve um AVC e faleceu na noite deste domingo após uma aneurisma.
