Ney Lopes
Está decidido: o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) consegue mobilizar lideranças relevantes de sua base mais fiel, em torno dos atos que promove para o próximo dia 7 de setembro, especialmente em Brasília e São Paulo.
O risco grave será “mirar” o juidiciário e aumentar tumultos.
Os atos em si nada desabonam a democracia, desde que respeitados os parâmetros legais.
O mais significativo foi a entrega a Fundação Ulysses Guimarães do documento peemedebista intititulado “Todos Por Um Só Brasil”, obra que servirá como base para as discussões internas da sigla com vistas às eleições de 2022.
A iniciativa oportuna é do ex-presidente Michel Temer, realmente um nome de expressão e de dignidade na política nacional. O documento contou com a participação de especialistas nas áreas de educação, economia e desenvolvimento, social que marcaram presença na série de debates virtuais “O Brasil precisa pensar o Brasil”.
Michel Temer é um quadro respeitável da política brasileira. Mostrou que tem vida limpa.
Diplomata, ético, erudito, dialoga com todos, busca soluções.
O MDB FUG escalou uma equipe de estudiosos que elaborou um estudo aprofundado sobre o posicionamento de centro, e as experiências dos governos do MDB nesse sentido – tanto na economia como na área social. A ação agregadora liderada por Michel Temer faz questão de lembrar que o partido é contra qualquer radicalização política dentro de todo o espectro político.
Acredita ser importante o fato de o partido apresentar um documento com suas propostas para o Brasil em vez de “vulcanizar” o processo eleitoral e tendo de adaptar o partido às ideias prévias de um candidato.
O fundamental dessa articulação será a possibilidade de Temer juntar Bolsonaro e Alexandre de Moraes num diálogo democrático. Difícil.
Mas, possível. Isso ajudaria muito a pacificação no país nessa fase conturbada de pré-eleição.
O trabalho sério de Temer é fecundo e esperamos que tenha sucesso, em favor do país.
