O Brasil foi citado 19 vezes e lidera pela primeira vez um ranking elaborado pelos Estados Unidos como o país mais citado por empresas globais investigadas de pagar propina no exterior. A China é a segunda colacada, com 17 mençoes, e o Iraque em terceiro, com oito citações. A tabela é de um site especializado chamado The FCPA Blog (Foreing Corruption Practices Act, algo como Lei Anticorrupção no Exterior). Criado em 1997, a lei proíbe empresas que mantém negócios nos EUA, de pagar suborno no exterior. Uma ideia por trás da lei, é que a propina mina a concorrência e prejudica grupos e investidores.
O ranking contabiliza menções em que houve pagamento de suborno em apurações que estão em curso entre 31 de dezembro de 2016 até o fim de 2017. Os dados foram extraídos de investigações do Departamento de Justiça dos EUA. Na lista de empresas investigadas estão a Petrobras, a Eletrobras, e uma série de gigantes internacionais apanhadas pela Operação Lava Jato, como a Rolls Royce(Inglaterra), Sevan Marine e Vantage Drilling Company(ambas da Noruega), SBM Offshore(Holanda), Technip SA(França) e Kepel Corporation(Cingapura).
A Odebrecht e a Braskem fecharam acordo com autoridades americanas em dezembro do ano passado, para encerrar os processos contra elas e vão pagar a maior multa já aplicada pela violação da lei americana anticorrupção no exterior, valor que pode chegar a US$ 3,5 bilhões( R$11 bilhões), a serem pagos em 23 anos.