O cantor e compositor Luiz Melodia faleceu por volta das cinco da manhã sexta-feira (4), no Rio, em decorrência de complicações de um câncer de medula óssea. No começo de junho, ele havia recedido alta do hospital Quinta D’Or após 3 meses internado. Ele tinha 66 anos.
Com 46 de carreira, se lançou no mundo da música com o lançamento da música “Pérola Negra” em 1971 na voz de Gal Costa. No ano seguinte, Maria Bethânia lançou o samba Estácio, Holy, Estácio no álbum Drama (1972), abrindo caminho para que Melodia lançasse em 1973 pela gravadora Philips o primeiro álbum, “Pérola Negra”, um dos clássicos da música brasileira de todos os tempos. O disco projetou Melodia estabelecia uma ponte tropicalista que ligava o samba do Estácio ao blues, passando pelo choro e pelo soul.
Os discos seguintes consolidaram sua carreira de artista que transitava entre o samba e o soul. Vieram “Maravilhas Contemporâneas” (1976), “Mico de Circo” (1979), “Felino” (1983), “Claro” (1987), “Pintando o Sete” (1991), “14 Quilates” (1997), “Retrato do Artista Quando Coisa” (2001) e o último “Zerima” (2014). Grande cantor de voz aveludada, Luiz Melodia foi bamba que foi muito além do samba do Estácio. Em 2015, Melodia ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantor de MPB.
O velório será realizado na quadra da escola de samba Estácio de Sá, na Cidade Nova, zona central do Rio, ainda sem horário confirmado. A informação é da própria agremiação. Luiz Melodia deixa a viúva Jane Reis, sua empresária e cantora, e o filho Mahal, rapper.
